A Promotoria Pública do Estado de São Paulo propôs uma ação civil
pública contra o grupo de ensino Uniesp em Presidente Venceslau. O
motivo é o cancelamento de bolsas de estudos concedidos pela própria
instituição.
Para uma aluna, que não quer se identificar, o desconto negociado
com a instituição de ensino era de 80%. Ela que pagava R$ 38 por mês,
viu o valor saltar para R$ 190.
“Eles resolveram tirar a bolsa de estudos de todos os alunos do curso
técnico. Então ficou difícil para todos pagarem porque houve um aumento
de 330% do valor que a gente pagava”, explica a aluna.
Outra estudante, que também não quer dizer o nome, fala que da noite
para o dia e sem explicações por parte da faculdade, a sua mensalidade
subiu de R$ 125 para R$ 133 reais.
O valor ainda deveria ser pago no primeiro dia útil de cada mês,
diferente do combinado anteriormente, em que o vencimento estava
programado para o décimo dia útil. Além disso, o custo passaria para R$
552 reais se pago depois do primeiro dia do mês. Ela diz que procurou a
diretoria do curso para negociar, mas foi em vão.
“Nós tentamos negociar inúmeras vezes com a diretora e ela
simplesmente falou que o que ela tinha feito era aquilo, não teria como
mudar e quem quisesse ou desistia do curso ou procuraria seus direitos”,
enfatiza a aluna.
Revoltados com essa situação, os alunos procuraram o Ministério
Público, que ingressou com um pedido de abertura de ação civil pública
contra a entidade. A Justiça atendeu ao pedido da promotoria e em
decisão liminar determinou que a instituição volte a dar o desconto
combinado com os alunos.
Procurado, o grupo Uniesp informou inicialmente por e-mail assinado
pelo assessor de comunicação Marco Piva, que o caso já estava superado e
que o próprio promotor do caso teria pedido à juíza que revogasse a
decisão liminar e arquivasse o pedido de abertura da ação. Essa
informação foi contestada pelo promotor André Felício, que não quis dar
entrevista.
Questionada novamente, a instituição encaminhou uma segunda nota.
Nela, o sócio sênior do grupo de ensino Uniesp, Renato Takeshi Hirata,
afirmou que não irá aplicar o reajuste das mensalidades e vai manter os
valores anteriores. Ainda segundo o representante do grupo, a escola irá
contestar a ação civil pública no prazo previsto pela lei.
Fonte: Jornal Integração / iFronteira
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