Situação que prejudica, em cada caso, cerca de 350 imóveis e leva quase uma hora para que o sistema seja reestabelecido. Por isso, o gerente de operações da empresa, Fábio Baptista, dá diversas dicas para evitar este tipo de problema.
"Nunca solte pipa próximo à rede elétrica, procure lugares abertos. Caso aconteça um enrosco, não tente tirar, deixe a pipa lá que a concessionária se incube em retirá-la. Além disso, na confecção da pipa, não use materiais metálicos na vareta ou no papel, porque isso potencializa a possibilidade de curto-circuito na rede", oriente.
Outro perigo atrelado à pipa é o uso do cerol, que é crime. Quem for pego usando linha com o produto tem que pagar cinco unidades fiscais do Estado de São Paulo (Ufesp), o equivalente a R$ 92,20. Por isso, os pais devem ficar atentos.
"O Corpo de Bombeiros orienta que os pais conversem com seus filhos e eduquem com relação ao não uso do cerol. Quanto aos motoqueiros e ciclistas, que usem a proteção para evitar um acidente", afirma o tenente do Corpo de Bombeiros Maycon Cristo.
Quem já passou por uma experiência trágica por causa do cerol anda bem esperto pelas ruas, como o mototaxista Antônio Augusto dos Santos, que foi atingido quando transportava um passageiro.
"Eu ia subindo a [Avenida] Tancredo Neves, quando o passageiro gritou ‘Olha a linha!’. Eu abaixei um pouco, mas pegou no meu rosto. Ele tentou segurar com a mão e cortou os quatro dedos", relembra.
Mesmo com dez anos de experiência, ele ainda teme encontrar uma linha cortante pela frente. "Tem que ficar esperto com o cerol, esta linha é um perigo para todo mundo, tanto à pé, de moto ou bicicleta. Mas a gente se protege do jeito que pode, afinal, tem que trabalhar", diz.
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